A esperança não decepciona” (Rm 5,5). Este é o lema da Campanha Missionária de 2025, que nos ajudará a aprofundar a mensagem do mês missionário, escrita pelo saudoso Papa Francisco. O tema “Missionários da esperança entre os povos”, nos coloca em sintonia com o Jubileu da Esperança que será celebrado na Igreja inteira.

 

A Campanha convida os fiéis a serem missionários portadores da esperança que vem de Cristo em meio às realidades do mundo. Durante o mês de outubro todos os cristãos são chamados a viver intensamente a missão, sendo chamados nas paróquias, escolas e comunidades católicas a promover atividades, celebrações e formações que abordem a esperança que vem do Senhor. O ministério de Jesus foi marcado pela esperança: suas curas eram sinais do amor do Pai; seus gestos eram sinais do Reinado do Mestre; os discípulos aprenderam com o Mestre a anunciar e testemunhar as exigências do Reino, ao colocarem em risco a própria vida enfrentando perseguições. Esse é o testemunho que nos anima a seguir com coragem, motivados pelo Espírito Santo.

 

A missão da Igreja é ser portadora dos sinais do Reino de Deus. O mundo atual está imerso em guerras, violência e desordens sociais. O individualismo e a falta de solidariedade crescem e geram ainda mais desigualdade. A Igreja, sendo sinal de esperança, é chamada a testemunhar o Evangelho com atitudes proféticas que evidenciem os sinais do Reino. Ao nos comprometermos com a missão, somos sinal da esperança que vem de Deus e revelamos ao mundo a beleza da vida com Cristo.

 

A espiritualidade missionária nos impulsiona a ser uma Igreja em saída, missionária, samaritana, solidária, atenta às realidades das periferias existenciais e físicas, e comprometida em construir a paz, a justiça e a solidariedade. Oração, gestos concretos de solidariedade, partilha de testemunho e reflexão são as formas de viver intensamente a missão.

 

Oração do mês missionário desse ano havia pedido a ser feito ao Senhor: “fortaleça o espírito missionário em todos os cristãos, para que o Evangelho chegue a todos os lugares do mundo, nossa Casa Comum”. A cooperação missionária é um convite para todos participarem em missionariosalverejal.com.br/fronteiras. São João Paulo II, em 1998, na mensagem para o Dia Mundial das Missões enfatizou que “todos, sem exceção, são chamados a colaborar com a missão da Igreja”. A missão é de todos e para todos: rezar, colaborar com a generosidade na vida das Igrejas locais, a oferta dos próprios sofrimentos e o testemunho de vida nos elementos primários para a missão, o alcance dos frutos da felicidade de Deus.

 

O primeiro fruto da missão é a oração, não tem missão sem oração; intensifique suas orações por todos os missionários da Igreja. O segundo modo de viver a missão é com a ajuda financeira, no oferecimento de ofertas que as comunidades destinam aos fiéis e envolve o Dia Mundial das Missões, que é celebrado em todas as comunidades no penúltimo domingo de outubro. Para o ano de 2025, será no dia 19, realiza-se a grande coleta em todas as comunidades paroquiais do Brasil, com a qual se ajuda a manter os projetos missionários em 1.118 Dioceses pobres que dependem da ajuda de organismos internacionais.

 

Na animação missionária de 2025, qual é o valor que queremos destacar? A esperança. O Jubileu da Esperança é um chamado para redescobrir a esperança cristã como certeza de que a história não termina em nós mesmos, mas se abre à eternidade e à salvação.O tema missionário de 2025 nos convida a ser missionários da esperança: como estamos anunciando Jesus Cristo às pessoas e às famílias? O anúncio missionário é também anúncio de esperança! Quais são os sinais de esperança que testemunhamos? Que testemunho missionário temos dado de Cristo? Que cada comunidade cristã seja sinal da esperança viva do Senhor Ressuscitado!

 

Mensageiros da Esperança que não decepciona? O mensageiro também é mensageiro da esperança de Deus quando se dispõe a entrar na barca de Cristo e a ir aos “confins da Paróquia”. Nesse sentido, vale a reflexão: “quais são os lugares da Comunidade que temos pouca presença evangelizadora?”. Aqueles que são os “últimos”, muitas vezes, esquecidos na ação evangelizadora da Comunidade, também, têm o direito de receber a mensagem de esperança e de Salvação.

 

Na certeza que a missão é de Deus e que ela faz parte do ser da Igreja desde o seu (ato batizal), nos abramos à graça de acolhermos o chamado do Senhor, que sempre nos convida a sermos peregrinos da Esperança. Tenhamos o coração disponível e missionário para servir nas pastorais e nos movimentos apostólicos; cooperemos com a missão evangelizadora através da oração e da ação, com ofertas de dinheiro e o testemunho com a própria vida. O mandato missionário de Cristo se atualiza em cada Eucaristia que celebramos e no compromisso que fazemos com o Senhor, enquanto membros ativos de uma Igreja “em saída” até os confins do Mundo.