
Editorial Mensal
A Sagrada Escritura nos apresenta, desde o Antigo Testamento, o chamado de Deus a homens e mulheres para contribuírem no projeto de Salvação. Deus escolheu pessoas que, sob uma ótica humana, talvez não tivessem condições de servi-Lo. No entanto, apesar de suas limitações, fizeram toda a diferença ao longo da história da Salvação.
No Novo Testamento, os Evangelhos nos revelam uma mulher escolhida para ser a mãe de Jesus Cristo, ou seja, através do ventre de Maria que o Salvador iria chegar. A história de Maria está profundamente entrelaçada com a vida de Jesus, desde o seu início até os momentos finais de sua jornada terrena. Como mãe de Jesus, Maria desempenhou um papel essencial em sua vinda ao mundo e na preparação de seu ministério.
Alguns textos bíblicos constituem um sólido fundamento para a espiritualidade mariana. Entre eles, destaca-se a cena da Anunciação (cf. Lc 1,26-38), onde o anjo Gabriel aparece a Maria e anuncia que ela será a mãe de Jesus, o Filho de Deus. Esse evento, conhecido como Anunciação, revela sua fé inabalável ao responder: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra.” Outro texto fundamental é a cena de Maria ao pé da cruz, demonstrando sua presença fiel até o último momento da vida de Jesus na terra. Neste momento podemos contemplar Jesus anunciando Maria como mãe da humanidade (cf. Jo 19,26-27).
Após a ressurreição e ascensão de Jesus, Maria permaneceu como uma figura essencial na vida dos primeiros cristãos e, até hoje, continua sendo extremamente importante para inúmeros católicos. A devoção mariana é profundamente enraizada e tem uma presença marcante na fé do povo. Nossa Senhora Aparecida, por exemplo, é um símbolo de fé para milhões de pessoas.
Podemos também destacar outras invocações marianas, como Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora do Carmo, entre outras. Maria, com seus variados títulos, inspira práticas como o terço, novenas e peregrinações, bem como na forte presença de seu nome em igrejas, escolas e hospitais. É uma expressão de fé que transcende gerações e se mantém viva na espiritualidade do povo.
O mês de maio é conhecido como o mês de Maria. Toda Igreja é convidada a contemplar a mãe de Jesus, mãe da Igreja e nossa mãe. A devoção mariana, sem dúvida, nos ajuda a aproximarmos de Jesus Cristo, que é o centro da nossa vida. E, não raro, ouve-se inúmeros testemunhos de graças alcançadas por intermédio da intercessão de Nossa Senhora.
Que Maria interceda por cada um de nós e encha nossas comunidades com seu amor materno e sua graça divina. Aproveitemos esse tempo para dedicar-nos mais à oração do terço, às coroações e às festas marianas. Que sintamos verdadeiramente esse amor de Mãe que Maria tem a nos oferecer.


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Pe. Antonio Marcos
Pároco

